O Ministério da Saúde anunciou que a partir de janeiro de 2017 a vacinação gratuita contra o HPV será estendida a meninos de 12 e 13 anos. A intenção é até 2020 ampliar a vacina para meninos de 9 a 13 anos, como ocorre com as meninas. O objetivo é proteger os adolescentes antes do início da vida sexual.
A vacinação que já vinha sendo aplicada nas meninas, agora foi extendida para meninos. Além de proteger do HPV, a vacina auxilia na prevenção do câncer de pênis, muito comum no Norte e Nordeste do país.
“Muitas pessoas portadoras de HPV não possuem sinais ou sintomas, não sabem que portam o vírus, mas podem transmiti-lo”
A vacinação nos meninos irá reduzir os riscos de verrugas genitais e orais em pacientes com e sem imunidade reduzida, além do câncer de pênis. A vacina quadrivalente Papilomavírus humano (recombinante) é composta pelos tipos 6, 11, 16 e 18 com eficácia que atinge 90% a 96% em meninas, desenvolvendo quantidade de anticorpos maior do que ocorre após doença por HPV.
O HPV pode provocar verrugas não dolorosas, isoladas ou agrupadas com ou sem irritação local. Há 12 tipos principais do vírus que podem provocar câncer; entre os de alto risco, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer de colo de útero. De acordo com o urologista, mesmo após vários anos ocorrida a infecção pelo vírus, ainda existe possibilidade de aparecimento do câncer. Entre os fatores de risco estão múltiplos parceiros sexuais, tabagismo, doenças sexualmente transmissíveis e infecção pelo HIV.
O vírus HPV é altamente contagioso por contato direto com a pele ou mucosa infectada, contato sexual, oral-genital, genital-genital, manual-genital. Muitas pessoas portadoras de HPV não possuem sinais ou sintomas, não sabem que portam o vírus, mas podem transmiti-lo. O HPV pode ser transmitido mesmo com a utilização de preservativo, pois ele pode estar presente em outras partes do corpo não protegidas pela camisinha, como as mucosas.
A vacinação está indicada para a população em geral de 9 a 13 anos; e na população de 9 a 26 anos soropositivas para o HIV. Para os adolescentes que estão fora da faixa etária para o recebimento gratuito da vacina, a recomendação é procurar a imunização no sistema privado de saúde.